quarta-feira, 10 de abril de 2013

Triste - Tati Bernardi


Ficar triste é sempre pela primeira vez. Já fiquei triste tantas vezes, mas nunca assim. Porque o “assim” de ficar triste é sempre pela primeira vez. Já fiquei mais triste do que estou agora, mas nunca tão triste. Porque o “tão” de ficar triste, quando é tristeza mesmo, é sempre arrebatador e assustador e é pela primeira vez. É sempre com o peito virgem e assustado e infantil que ficamos tristes. É sempre com cinco anos, com fome, nus, gelados, segundos antes de morrer de falta de sentido por ter nascido.
A tristeza é uma criança de rua com uma faca apontada pra falta de amor que o mundo ofereceu pra ela. Uma meleca no nariz que nenhuma mãe limpou se transformando nos olhos de um adulto assassino. A tristeza é um pedaço de vidro numa mãozinha pequena. A tristeza é um anjo que não arrumava ninguém pra poder agir como um anjo e foi ficando bem diabólico. A tristeza é ter que comer um risoto caro, com amigos felizes, quando só se quer vomitar no banheiro de casa, sozinha. E triste.
Eu quero vomitar tudo. A água, a saliva, a língua, o seco da garganta, a amígdala, o apartamento de milhões de metros quadrados vazios que virou o meu peito. Quero vomitar minha pele, meus olhos, meu fígado, meus horários, minhas listas de vontades. Eu quero tudo fora, tudo fora. Eu quero eu fora. Eu quero ir pra fora de onde está tão devastado e de onde eu tinha pintado tudo de azul pra te ver sentado bem no centro. No centro do meu peito, você, com a luz azul da minha esperança.
A tristeza me fez um milhão de vidas essa semana. Um milhão de almoços e jantares e projetos. Eu sorrindo, implorando às distrações que me levem, que façam remendos em meu peito perfurado pela violência do ar que não assovia mais os seus sons.
A tristeza me fez cortar o cabelo e pintar de loiro. E me fez aumentar os pesos do pilates. E me fez prometer alguma sedução para alguém que jamais receberá nada de mim. Não existe nada mais triste do que essas coisas de dar a volta por cima e essas coisas de tocar o barco e essas coisas de sacudir a poeira e essas coisas medonhas que a gente fala ou pensa ou ouve. A tristeza são frases vazias e feitas e tediosas saindo de bocas vazias e feitas e tediosas.
A tristeza me fez repartir o calmante no meio. Tomar um. E tomar o outro. Porque nem calmante eu to suportando ver pela metade. Que pelo menos no limbo da minha mente triste alguma coisa possa viver inteiramente.
A tristeza é uma parede, uma geladeira, um computador, um telefone, uma televisão, uma cama, um elevador, um carro. A tristeza são as ruas, os jornaleiros, as pessoas gordas atravessando, as pessoas magras atravessando. A tristeza é o cinza, o vermelho, o azul, o transparente. A tristeza é a próxima música, a próxima seta pra direita, a próxima seta pra esquerda. A tristeza é o ar que sai e o ar que entra. A tristeza é o segundo de ar que se perde e fica mais um tempo. A tristeza é dizer que são cinco dias, são seis dias, são sete dias. A tristeza é a nossa última vez juntos fazendo quinze dias, dezesseis dias, dezessete dias. A tristeza é o amor ter acabado sem ter acabado. É não saber o que é amor e não saber o que é acabar e não saber o que é não acabar. A tristeza só sabe que é triste e todo o resto ela só tenta saber, mas fica louca e desiste. A tristeza é de uma simplicidade que a torna ainda mais triste.
A tristeza é qualquer posição sentada ou em pé ou deitada. A tristeza é deitar e levantar. Tentar ou desistir carregam a mesma tristeza das coisas que não existem. Minha pele toca no pano, na água, na tela, uma mão toca na outra. Todos os toques são tristes. Todas as posições são tristes. Amanhã será triste, ontem foi triste. Hoje é o dia mais triste do mundo.
É porque eu tenho medo de dirigir até o Morumbi no escuro? É porque eu uso pijama feio pra dormir? É porque eu sou egoísta e louca e tenho um dente torto? É porque eu ria de você e ria das suas coisas e ria das suas músicas e ria de nervoso porque eu gostava tanto de você que odiava você? É porque eu criei sete mil muros pra receber alguém mas queria esmurrar até sangrar o seu único muro como se você também não fosse humano? Ou é só porque é assim mesmo? Assim: finito, simples e triste demais.
Hoje elegi o mais triste de tudo. É o banquinho que guardava a sua bolsa de carteiro e que não guarda mais nada. Ele agora é só o que era mesmo pra ser: um banquinho. Limpo, solitário, imponente, em sua nobre função de banquinho.
Sua triste, desgraçada, branca, idiota e livre função de banquinho.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Por que as pessoas entram na sua vida?


Pessoas entram na sua vida por uma "Razão", uma "Estação" ou uma "Vida Inteira". Quando você percebe qual deles é, você vai saber o que fazer por cada pessoa.

Quando alguém está em sua vida por uma "Razão"... é, geralmente, para suprir uma necessidade que você demonstrou. Elas vêm para auxiliá-lo numa dificuldade, te fornecer orientação e apoio, ajudá-lo física, emocional ou espiritualmente. Elas poderão parecer como uma dádiva de Deus, e são! Elas estão lá pela razão que você precisa que eles estejam lá. Então, sem nenhuma atitude errada de sua parte, ou em uma hora inconveniente, esta pessoa vai dizer ou fazer alguma coisa para levar essa relação a um fim. Ás vezes, essas pessoas morrem. Ás vezes, eles simplesmente se vão. Ás vezes, eles agem e te forçam a tomar uma posição. O que devemos entender é que nossas necessidades foram atendidas, nossos desejos preenchidos e o trabalho delas, feito. As suas orações foram atendidas. E agora é tempo de ir.

Quando pessoas entram em nossas vidas por uma "Estação", é porque chegou sua vez de dividir, crescer e aprender. Elas trazem para você a experiência da paz, ou fazem você rir. Elas poderão ensiná-lo algo que você nunca fez. Elas, geralmente, te dão uma quantidade enorme de prazer... Acredite! É real! Mas somente por uma "Estação".

Relacionamentos de uma "Vida Inteira" te ensinam lições para a vida inteira: coisas que você deve construir para ter uma formação emocional sólida. Sua tarefa é aceitar a lição, amar a pessoa, e colocar o que você aprendeu em uso em todos os outros relacionamentos e áreas de sua vida. É dito que o amor é cego, mas a amizade é clarividente. Obrigado por ser parte da minha vida.

Pare aqui e simplesmente SORRIA.

"Trabalhe como se você não precisasse do dinheiro,
Ame como se você nunca tivesse sido magoado, e dance como
se ninguém estivesse te observando."

"O maior risco da vida é não fazer NADA."
Martha Medeiros

quinta-feira, 9 de junho de 2011


Temos a mania de achar que amor é algo que se busca. Buscamos o amor nos bares, na internet, nas paradas de ônibus. Como num jogo de esconde-esconde, procuramos pelo amor que está oculto dentro das boates, nas salas de aula, nas platéias dos teatros. Ele certamente está por ali, você quase pode sentir seu cheiro, precisa apenas descobri-lo e agarrá-lo o mais rápido possível, pois só o amor constrói, só o amor salva, só o amor traz felicidade. Há quem acredite que o amor é medicamento. Pelo contrário. Se você está deprimido, histérico ou ansioso demais, o amor não se aproxima, e caso o faça, vai frustrar sua expectativa, porque o amor quer ser recebido com saúde e leveza, ele não suporta a idéia de ser ingerido de quatro em quatro horas, como um antibiótico para combater as bactérias da solidão e da falta de auto-estima. Você já ouviu muitas vezes alguém dizer: "Quando eu menos esperava, quando eu havia desistido de procurar, o amor apareceu." Claro, o amor não é bobo, quer ser bem tratado, por isso escolhe as pessoas que, antes de tudo, tratam bem de si mesmas. O Amor, ao contrário do que se pensa, não tem de vir antes de tudo. Antes de estabilizar a carreira profissional, antes de fazer amigos, de viajar pelo mundo, de curtir a vida. Ele não é uma garantia de que, a partir de seu surgimento, tudo o mais dará certo. Queremos o amor como pré-requisito para o sucesso nos outros setores, quando, na verdade, o amor espera primeiro você ser feliz para só então surgir, sem máscara e sem fantasia. É esta a condição. É pegar ou largar. Para quem acha que isso é chantagem, arrisco-me a sair em defesa do amor: ser feliz é uma exigência razoável, e não é tarefa tão complicada. Felizes são aqueles que aprendem a administrar seus conflitos, que aceitam suas oscilações de humor, que dão o melhor de si e não se autoflagelam por causa dos erros que cometem.
Felicidade é serenidade. Não tem nada a ver com piscinas, carros e muito menos com príncipes encantados. O amor é o prêmio para quem relaxa. "As pessoas ficam procurando o amor como solução para todos os seus problemas quando, na realidade, o amor é a recompensa por você ter resolvido os seus problemas".

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Reorganizando o armario da minha vida

Todos os anos, há um momento em que olhamos nossos armários com um olhar crítico.
Olhamos aquelas roupas que não usamos há tanto tempo.
Aquelas que tiramos do cabide de vez em quando, vestimos, olhamos no espelho, confirmamos mais uma vez que não gostamos e guardamos de volta no armário.
Aquele sapato que machuca os pés, mas insistimos em mantê-lo guardado.
Há ainda aquele terno caro, mas que o paletó não cai bem, ou o vestido "espetacular" ganho de presente de alguém que amamos, mas que não combina conosco e nunca usamos.
Às vezes tiramos alguma coisa e damos para alguém, mas a maior parte fica lá, guardada sabe-se lá porquê.
Um dia alguém me disse: tudo o que não lhe serve mais e você mantém guardado, só lhe traz energias negativas. Livre-se de tudo o que não usa e verá como lhe fará bem.
Acontece que nosso guarda-roupa não é o único lugar da vida onde guardamos coisas que não nos servem mais.
Você tem um guarda-roupa desses no interior da ment
De uma olhada séria no que anda guardando lá. Experimente esvaziar e fazer uma limpeza naquilo que não lhe serve mais. Jogue fora idéias, crenças, maneiras de viver ou experiências que não lhe acrescentam nada e lhe roubam energia.
Faça uma limpeza nas amizades, aqueles amigos cujos interesses não têm mais nada a ver com os seus.
Aproveite e tire de seu "armário" aquelas pessoas negativas, tóxicas, sem entusiasmo, que tentam lhe arrastar para o fundo dos seus próprios poços de tristezas, ressentimentos, mágoas e sofrimento.
A insegurança dessas pessoas faz com que busquem outras para lhes fazer companhia, e lá vai você junto com elas.
Junte-se a pessoas entusiasmadas que o apóiem em seus sonhos e projetos pessoais e profissionais.
Não espere um momento certo, ou mesmo o final do ano, para fazer essa "faxina interior".
Comece agora e experimente aquele sentimento gostoso de liberdade.
Liberdade de não ter de guardar o que não lhe serve.
Liberdade de experimentar o desapego.
Liberdade de saber que mudou, mudou para melhor,
E que só usa as coisas que verdadeiramente lhe servem e fazem bem...

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Sei que meu ciúme levou teu amor

E te afastou de vez de minha voz o teu silêncio

Não me envergonho em dizer

Acreditei na força do teu querer

Mas o ciúme foi maior que eu

Ressentimentos cegou minha visão

Aquele amor virou antiga paixão

Eu estarei aqui esperando você

Me redimindo do meu erro pra ver

Meus olhos rasos decidido a voltar

Sem ter ciúme vem pra mim vem me amar...


Estava dando uma olhada nuns sites e acabei achando uma reportagem que se encaixou perfeitamente em uma situaçao ali... Interessante... Direcionada à umas amigas...







"Muitas pessoas começam a sair com alguém sem grandes expectativas ou um sentimento claro. O outro é interessante, divertido, ótima companhia, e assim vão levando. Vira um “caso”, como se costuma chamar esse tipo de encontro.

No entanto, papo vai, papo vem, até que em um belo dia um dos dois se descobre apaixonado, com vontade de transformar aquela relação casual num relacionamento sério. Só que as “regras”, mesmo que não verbalizadas e nem discutidas, já foram definidas. E agora, o apaixonado não sabe como mudá-las e nem se o outro vai aceitar alguma mudança. Aliás, muito pelo contrário, é comum de a pessoa já saber – seja por declaração ou por suposição – que o outro não está disposto a abrir mão de sua liberdade e nem de assumir um compromisso.

Se este é o seu caso, certamente você já se pegou fazendo perguntas como “E agora, o que faço? Como devo agir? Continuo aceitando a situação como está, já que não quero ficar sem esta pessoa, ou coloco as cartas na mesa, conto tudo o que sinto e desejo viver? Será que vale arriscar uma crise ou uma enorme decepção, considerando que nossos objetivos podem não ser congruentes?”.

Pronto! Está formada a combinação desastrosa entre conflito interno, angústia e ansiedade. Provavelmente, você vai amargar algumas sensações bastante desagradáveis até conseguir se posicionar. Sim, porque por mais que tente driblar o coração, ele vai cobrar, vai pedir. E se você não tomar uma atitude, pode até adoecer.

Parto do princípio de que um relacionamento só vale a pena ser vivido quando está baseado na verdade de cada um, mesmo que essa verdade possa ser mudada a qualquer momento. O que não dá é para fingir que você quer uma coisa quando quer outra. Comportar-se como quem não se importa, quando na realidade você se importa. Fazer de conta que tanto faz ficar só de vez em quando ou não, se isso não é o que você realmente quer.

Afinal de contas, se não há espaço para ser quem você é, será que está de fato vivendo uma relação? Será que vale a pena investir numa dinâmica que não é a sua, num sentimento que não é o seu? Pense bem: Se der certo, você terá conquistado o outro a partir de um perfil que não é o seu. E se der errado, amargará a dúvida sobre como teria sido se você tivesse agido de forma transparente.

Portanto, se o seu desejo é fazer um caso se tornar um relacionamento sério, tenha consciência do que quer e haja de modo coerente. Claro que não precisa chegar intimando o outro a escolher entre assumir um compromisso com você ou desaparecer para todo o sempre. Não é isso!

Estou sugerindo ações sutis, conversas na hora certa, perguntas que te permitam compreender quais são as verdadeiras intenções do outro. Enfim, com cuidado, sensibilidade e gentileza, é possível concluir se esse caso tem alguma possibilidade de se transformar em namoro ou se só servirá para te fazer sofrer e se frustrar. Porque, no fundo, todos nós sentimos e sabemos a diferença entre uma situação e outra.

Lembre-se de que um relacionamento nunca depende somente de um dos envolvidos. Os dois devem querer. Os dois devem pensar, sentir e agir na mesma direção. Mas uma coisa é certa: Só você pode fazer a sua parte. E só você pode saber se está fazendo da melhor forma possível. E, em última instância, tendo sido fiel aos seus próprios sentimentos, é bem provável que o relacionamento sério chegue muito antes do que você imaginava, seja com essa determinada pessoa ou com outra... a que realmente tem a ver com você!"

quarta-feira, 30 de março de 2011

Quero Amigos



Quero amigos que não me abandonem, que me ajudem, que me façam

feliz mesmo sem saber quando eu preciso... Meus melhores amigos, meus

conselheiros, meus momentos mais felizes são ao lado de vocês, então não

me abandonem, não agora, não dessa forma, não desse jeito...

Vocês são os amigos que eu preciso, vocês são os amores que eu terei para

o resto da vida!

NÃO ME ABANDONE, NÃO HOJE. :/